Estruturando boas experiências com Arquitetura da Informação

Um guia prático de como construir uma boa Arquitetura de Informação.
Um guia prático de como construir uma boa Arquitetura de Informação.

Antes de organizar qualquer coisa, você precisa saber quem vai usar. O que eles buscam? Como pensam? Quais termos usam? Aqui é onde UX Research entra em ação. Mesmo que seja algo como uma pesquisa desk, ou um painel semântico, ou ainda uma estruturação com as principais informações e necessidades do seu usuário, é importante ter.

Uma técnica simples é o card sorting: peça a usuários reais para agrupar informações do jeito que fizer mais sentido para eles. Os resultados podem surpreender—às vezes, o que parece lógico para você é completamente estranho para quem está do outro lado da tela.

Outra técnica que auxilia a dar contexto de uso e hierarquia é o mapeamento de jornada de usuário, pois a partir dele conseguimos observar o que pode estar obstruindo o fluxo de navegação e as reais prioridades do usuário.

E lembre-se, quase nunca, você é o usuário, então a forma que quem irá usar a solução não se estrutura ou funciona de forma totalmente previsível sempre. Entender seu usuário é primordial.

Ninguém gosta de se sentir dentro de um labirinto. Uma boa AI guia o usuário naturalmente, como uma escada que vai do mais amplo ao mais detalhado.

Por exemplo, em um e-commerce:

  • Categoria: Eletrônicos.
  • Subcategoria: Fones de Ouvido
  • Produto: Fone Bluetooth X.

Se em algum momento essa cadeia quebra, as pessoas se perdem.

Rotulagem é tudo. Seja amigável e evite jargões internos ou termos técnicos ou criativos demais. “Soluções Integradas” pode parecer sofisticado, mas “Como Podemos Ajudar” é muito mais claro.

A partir de uma quantidade maior de informações, mesmo com menus perfeitos, algumas pessoas vão direto para a barra de pesquisa. Garanta que ela funcione bem, com sugestões inteligentes e filtros que afunilem os resultados.


  • Público-alvo: quem são os usuários? Quais são suas necessidades?
  • Benchmarking: Como concorrentes organizam suas informações?
  • Card sorting: teste com usuários para agrupar conteúdos.
  • Hierarquia: Do geral ao específico (ex.: Categoria > Subcategoria > Produto).
  • Rotulagem: Nomes claros (evite “Recursos” → use “Tutoriais”).
  • Sistemas de classificação: tags, taxonomias, metadados.

Menus principais e secundários.

  • Breadcrumbs (“Você está aqui: Início > Eletrônicos > Smartphones”).
  • Barra de busca eficiente (com sugestões e filtros).
  • Wireframes de baixa fidelidade: esboço da estrutura.
  • Testes de usabilidade: valide se usuários encontram informações.

(Exemplo real: A Amazon usa AI avançada para sugerir produtos com base em comportamento passado.)

  • Comece simples: Mapas mentais no papel já ajudam.
  • Use analogias do mundo físico (ex.: lojas físicas bem sinalizadas).
  • Pense em mobile-first: Espaço limitado exige organização rigorosa.
  • Documente tudo: Guias de estilo e glossários mantêm a consistência.
  • Search-first design: Buscas por voz e IA generativa (ex.: ChatGPT).
  • Personalização dinâmica: conteúdos que se adaptam ao usuário.
  • AI + Microinterações: Feedback visual ao navegar.



No fim, Arquitetura de Informação é sobre respeito. Respeito às necessidades e repertório do usuário, pela forma de pensar dele, pela experiência que ele merece.

Como bem disse Louis Rosenfeld:

Então, da próxima vez que você estiver diante de um projeto digital, pergunte-se:

  • Isso está organizado para o usuário ou para mim?
  • Se eu apagasse todos os estilos visuais, ainda faria sentido?
  • O que posso simplificar?

Porque no mundo digital, encontrar é tão importante quanto existir.

Arquitetura de Informação não é só para designers ou devs – é habilidade essencial para quem cria produtos digitais. 
Quer um desafio? Analise um app que você usa: a navegação faz sentido? Onde há pontos de confusão? Faria de outra forma? Compartilhe suas descobertas!

Temos a Arquitetura de Informação como uma a base invisível que transforma dados em experiências intuitivas — e quando ela funciona, ninguém nota; quando falha, todo mundo sofre. Na Futura UX, ajudamos projetos a dominarem essa estrutura, combinando métodos testados (como card sorting e tree testing) com uma abordagem centrada no usuário. Quer evitar que seus clientes se percam em labirintos digitais? Vamos construir juntos uma AI que não só organiza, mas encanta. 


UX, Design estratégico e Inovação.

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